domingo, 23 de maio de 2010

Transições

O começo de uma história não se dá por mero acaso, o acaso é que uniu o fato e a realidade. No ano de 2010, tão promíscuo a ser um ano de descobertas, um jovem, aparência pálida, cabelos pretos, tocava violão. O que o esperava naquele longínquo tempo não se pode revelar tão cedo, mas o que ele queria era ser músico e poeta. Ah, a arte da poesia, tão bela, usar as palavras de forma singela, como um pintor tingindo uma tela com as cores reluzentes da aquarela, rimas fortes ou rimas belas, expressivas ou frias, de noite ou de dia, o que importava era o valor sentimental que nela havia. E a música? A melhor maneira de se colocar pra fora o que está pensando, de mostrar o lado lírico da vida, nos acordes do violão, Dóceis e suaves, Réplica da poesia, Mística de ritmos e sons, Fácil enxergar a beleza, Solidão das palavras puras, Lá se vai o som, Simples, fim. Era assim que ele esperava encarar a vida..
O ano era dele, escola agitada, último ano do ensino médio, um rapaz calmo, atencioso, mas que levava a sério demais o amor pela arte musical e poética, e isso foi um fator resultante na sua história, mas não vou mais contar essa história, talvez um dia eu conte, mas não agora. Poeta era ele, expressava-se e de nada isso adiantou, perdeu amigos e perdeu amores, compartilhou vícios e dores, nossa, que árduo, não quero nunca ser poeta. A mente do jovem é instável, a vida revela a ele o seu destino e custa pra o mesmo se acostumar com os fatos, mas uma hora, ele há de entender que a vida não foi feita só para ele, que a vida é o que o destino nos reserva, e foi isso que esse jovem partilhou, entendeu e agora faz da vida o que ela nos reserva: segue o seu DESTINO.

Felipe Abreu

Nenhum comentário:

Postar um comentário