quarta-feira, 2 de junho de 2010

Faces eternas

A ideologia do poeta não é a mera capacidade de emitir versos rimados ou prosas impactantes, é muito mais que um simples dizer. É interrogar as duas faces da moeda, compreendendo a veracidade, mesmo que filosófica, da realidade existente. A beleza está só no verso, porque a lição passada pela beleza é dura, hostil, pode até mesmo causar dor e angústia, trazer lembranças de tempos inóspitos de fontes incuráveis. Mas para que tanto sofrimento, ó vida? Onde estará a felicidade? Ah, se eu soubesse, se as idologias soubessem onde encontrar a solução universal talvez estariam todos felizes, pois o mundo se move pela capacidade de diferenciar-se um ser do outro, criando um ciclo de inconsistência das visões humanas. Se nem a psicanálise conseguiu explicar diversas faces da humanidade, quem sou eu para explicá-las? 
             Estou aqui justamente para aceitá-las ou criticá-las, infelizmente não hei de modificá-las.

Felipe Abreu

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